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Home Termómetro da Imprensa

TELEJORNAL MANIPULA PARA AGRADAR JOÃO LOURENÇO

Carlos Alberto por Carlos Alberto
2 de março de 2020
Em Termómetro da Imprensa
0
TPA: 8 PARA 80 OU 80 PARA 8 
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Carlos Alberto – Cidadão e Jornalista
Termómetro da Imprensa

MANIPULAÇÃO (1): UM TELEJORNAL QUE MANIPULA PARA AGRADAR JOÃO LOURENÇO

Por: Carlos Alberto (Cidadão e Jornalista)

Para responder à pergunta do Luís Caetano, director de Informação da TPA, no último debate realizado na TPA, no programa “Sociedade Aberta”, “Que País a Comunicação Social Está a Mostrar?”, em que foram convidadas pessoas que mal percebem de rigor, imparcialidade, isenção, objectividade e o que os manuais de jornalismo dizem – incluindo alguns jornalistas no painel – sobre o que deve ser tido como “bom desempenho da imprensa” – tudo feito na TPA para agradar o Titular do Poder Executivo (é só ver que a primeira cadeira do referido debate, para falar sobre o desempenho da imprensa, foi ocupada pelo engenheiro agrónomo Fernando Pacheco, Conselheiro do Presidente da República) – trago este mau exemplo concreto de uma manipulação da informação no Telejornal amador, de ontem, 29 de Agosto de 2019, para a “nova Angola”, em que o Presidente da República João Lourenço e seus auxiliares dizem estarmos a viver, incluindo na imprensa.

É uma notícia – no sentido mais científico do que teórico – que foi transformada em bajulação ao Executivo e clara manipulação da informação para enganar o telespectador da TPA. As “ordens superiores” mostram-se evidentes na reportagem do caso “Bruno Motors”, uma empresa de um jovem angolano que está a tentar implementar um projecto de fabricação de automóveis de marcas angolanas.

A volta que deram à notícia visa agradar o “chefe” – tal como acontecia no tempo de José Eduardo dos Santos – mas, como os detalhes falam, eu explico o que eu chamo aqui “Um Telejornal Amador”, para responder, nesta via, ao Luís Caetano “Que País Estamos a Mostrar Em 2 Anos de João Lourenço ?”.

No rodapé do Telejornal estava, de facto, a notícia. Como o crime nunca compensa, foi este detalhe que estragou a “festa de João Lourenço”:

Pegado Motors: Atraso de financiamento impede chegada de 876 viaturas (nota de rodapé do Telejornal).

Repare que a notícia é a denúncia, pelo que o rodapé indica, que o senhor Bruno Pegado fez à TPA que dava conta de que o Executivo não está a cumprir o que prometeu em relação ao apoio ao emprendedorismo e formação de empregos. Bruno Pegado terá dito na entrevista, pelo que tudo indica – e houve censura dos olheiros do MPLA na TPA, com toda a certeza afirmo! – que o Executivo não o está a apoiar em termos de garantia de financiamento para implementar o seu projecto. Esta é a notícia.

O rodapé do Telejornal “Atraso de financiamento impede chegada de 876 viaturas”mostrou a verdadeira notícia. Os telespectadores da TPA tinham de saber “há atraso no financiamento porquê?”, “o que se passa?”, “por que o Executivo não está a cumprir o que prometeu em relação aos apoios ao empreendedorismo?”, “há makas nos créditos bancários?”. Estas perguntas são as mais óbvias para um jornalista minimamente bem formado, que tinham de ser respondidas na reportagem, em qualquer país normal. Isto já anda inventado. Não é Angola que está a inventar o jornalismo, como muitos pretenderam fazer passar ao telespectador da TPA no último debate sobre o desempenho da imprensa nos últimos dois anos.

Repare agora, caro leitor, como um “Atraso de financiamento impede chegada de 876 viaturas” foi contado aos “coitados” dos telespectadores da Televisão Pública de Angola.

O Ernesto Bartolomeu, apresentador do Telejornal de ontem, começou a contar o “Atraso de financiamento impede chegada de 876 viaturas” assim:

“O Telejornal mostra-lhe hoje mais uma história de empreendedorismo (repare que ele, o Ernesto Bartolomeu, começa já a dizer que o assunto é positivo e não negativo como diz o rodapé de um Telejornal que ele próprio está a apresentar): um jovem angolano (é o Ernesto que está a falar) que apesar das dificuldades preferiu não atirar a toalha ao tapete e com coragem e determinação anuncia a criação de uma solução que pode ajudar a tirar do desemprego outros jovens angolanos (afinal ele denuncia que o financiamento não está a chegar, como diz o rodapé, ou anuncia uma boa nova de criação de empregos, uma promessa, curiosamente, de João Lourenço na campanha eleitoral de 2017? É coincidência? Vou provar que não neste mesmo texto,  os detalhes falam). A história do Miguel (continua o Ernesto) é contada aqui pela Juliana Jorge.”, fim de citação.

Está claro neste “lead” de Ernesto Bartolomeu que a “história do Miguel” nada tem a ver com o que ele pretendia contar aos telespectadores. Há aqui uma contradição clara na informação. E a contradição é uma verdadeira manipulação da informação. Eu explico. A jornalista que entrevistou o tal “Miguel” começa assim a sua reportagem:

“Bruno Pegado tem 37 anos (afinal não é Miguel!), perdeu o pai com x anos, estudou isto e aquilo (…) e anuncia (variável da manipulação) o projecto “Gira Angola” que vai criar 60 mil postos de trabalho (variável-chave da manipulação), um projecto que faz parte da empresa angolana Grupo Motors para a fabricação de automóveis no Waku Kungo na província do Cuanza-Sul.”

A Jornalista faz um “in” intermédio e um “in” final, mas em nenhum momento reporta o que diz o rodapé: “Atraso de financiamento impede chegada de 876 viaturas”.

O telespectador da TPA está a ler no rodapé que o jovem está a denunciar que há atraso no financiamento que está a condicionar a sua iniciativa empreendedora – prevejo aqui que o Executivo não esteja a emitir uma garantia soberana para que o financiamento seja efectivado – e a jornalista conta a história de um jovem bem sucedido, como se os 60 mil postos de trabalho já tivessem sido criados, constituindo uma verdadeira manipulação da informação.

E mais: a jornalista, antes do próprio Bruno Pegado começar a falar – tudo menos o foco da notícia – vai buscar um discurso antigo do ministro de Estado da Casa Civil do Presidente da República (outra variável para a bajulação a João Lourenço e dar a entender ao telespectador que o Presidente da República está a cumprir o que promete, constituindo aqui uma autêntica campanha política a favor do MPLA, visando 2022), Frederico Cardoso, dizendo que “o Governo vai continuar a trabalhar nas diversas iniciativas juvenis de auto-emprego através de políticas eficazes”. Percebeu a manipulação política da informação do MPLA na TPA? Vou continuar a explicar.

Antes mesmo do dono do problema (a notícia) falar, é o ministro de Estado da Casa Civil do Presidente da República que aparece, num discurso antigo, a dizer que “o Governo vai continuar a trabalhar nas diversas iniciativas juvenis de auto-emprego através de políticas eficazes”, ou seja, Bruno Pegado está a denunciar algo provavelmente contra o Executivo (falta de garantia soberana o que impede que os bancos disponibilizem o dinheiro de que precisa) e é o Executivo que aparece na peça a dizer que a iniciativa de Bruno Pegado está a ser conseguida graças a si, antes mesmo de o entrevistado falar.

Só depois é que a jornalista põe Bruno Pegado a falar na peça. E acha que o pôs a dizer que não está a receber financiamento ou que não tem garantia soberana para ter financiamento dos bancos? Claro que não. Pô-lo a dizer que o projecto é de um angolano e que vai criar empregos (variável da manipulação da informação eleitoralista).

Estamos diante de uma clara manipulação da informação para enganar o telespectador da TPA (dentro e fora de Angola), visando atingir as eleições de 2022. Estou a dizer que o MPLA, na TPA, distorceu a informação para dar a João Lourenço louros que não lhe pertencem. Mentiu ao telespectador. Violou a Constituição (Liberdade de Imprensa e Liberdade de Expressão) e a Lei de Imprensa, a Lei n.º1/17, de 23 de Janeiro, que orienta a informar com rigor, imparcialidade, isenção e objectividade.

E você acha que tal notícia voltou a passar no jornal das 22h, no das 0h e no “Bom dia Angola”, tal como fazem com as outras notícias que passam no Telejornal? Claro que não. Sabe porquê? A notícia estava no rodapé e não na peça manipulada para agradar João Lourenço. Eles manipularam, mas deixaram escapar um detalhe no rodapé. Para que mais pessoas não se apercebessem, não voltaram a passar noutros espaços da TPA. É assim que eles fazem quando se trata de peças que beliscam a imagem de João Lourenço e do actual MPLA.

Portanto, Luís Caetano, para responder à sua pergunta sobre “Que Angola estamos a mostrar na imprensa nestes 2 anos de mandato de João Lourenço”, eu – se tivesse sido convidado para falar enquanto jornalista que percebe detalhes sobre o rigor, imparcialidade, isenção e objectividade – diria, no debate da TPA, com exemplos concretos, com datas, outros casos que me fazem crer que “Estamos a mostrar um país em que João Lourenço nunca falha. Estamos a mostrar um país em que todas as culpas de insucesso do país devam estar, forçosamente, nas costas de José Eduardo dos Santos. Há uma orientação superior neste sentido. Por isso é que vocês também não passaram a entrevista que eu dei à TPA em que denunciei que a irmã da vice-presidente do MPLA Luísa Damião, Domingas Damião, andou a ganhar ilegalmente dois salários do Estado – como administradora do Pólo Industrial de Viana e como Conselheira da Entidade Reguladora da Comunicação Social Angolana (ERCA) – durante quase dois anos e, fruto da minha denúncia, os seus companheiros do MPLA na ERCA têm estado a inventar processos disciplinares contra mim com o objectivo de me expulsarem da instituição.

Vocês só podem enganar, nestes debates promovidos para enaltecer a figura de João Lourenço, angolanos distraídos. Por isso é que convidam pessoas que não percebem de jornalismo ou, se forem jornalistas, pessoas que não têm casos concretos para fazer uma análise profunda sobre o desempenho da imprensa; pessoas que falam no vazio; teóricos que não percebem o rigor no tratamento da informação jornalística.

A nossa imprensa continua com as “ordens superiores do MPLA” para agradar o “chefe”. Ainda não fazemos jornalismo de facto.

 

Carlos Aberto

Pela Liberdade de Expressão!

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